domingo, 20 de novembro de 2011

UM CINEMA EM BUSCA DE SUA HISTÓRIA



por Ciro Inácio Marcondes*

Curador da Mostra de Cinema Negro – Back2Black (2009), no Museu Nacional da Republica (Brasília)

Em 1915, o filme O nascimento da uma nação, dirigido por D.W. Griffith, provocou uma grande
virada formal e mercadológica no cinema americano. Altamente elaborado com inovadoras técnicas de narração, produção e montagem, o filme também permitiu que o público de cinema aceitasse a possibilidade de se assistir a filmes em longa-metragem. Rapidamente transformou-se em um enorme e lucrativo sucesso, chegando a ser visto por 100 milhões de americanos2. O nascimento de uma nação, porém, trazia também consigo um horripilante legado: trata-se de um dos filmes mais agressivamente racistas da história, vangloriando a Ku Klux Klan e retratando os negros como pessoas maléficas, malintencionadas, gananciosas e selvagens.


Geralmente identificado como um símbolo do nascimento da indústria e arte cinematográfica
norteamericanas, o filme de Griffith também anunciava o longo período de exclusão que a população negra teria de sofrer até que pudesse legitimamente se autorrepresentar na arte mais importante do século XX. Durante os 40 primeiros anos do cinema americano, era comum que personagens negros fossem interpretados de maneira pejorativa por brancos pintados de preto. Afundados eticamente em um nefasto apartheid que já durava quase um século (as leis Jim Crow), os Estados Unidos só aprovaram direitos iguais para brancos e negros no ato dos direitos civis de 1964.

Pelo mundo afora, as condições não eram muito mais favoráveis. Se, nos Estados Unidos
desgostosos com a Guerra do Vietnã, uma série de mudanças comportamentais, culturais e políticas trouxe maior liberdade à população negra, na África o cinema efetivamente só nasceu após o período colonial, que acelera sua desintegração também a partir dos anos 60. Até hoje, porém, o cinema africano depende imensamente de financiamento europeu e encontra dificuldade em encontrar plateias em seu próprio território (o que começa a mudar com lucrativas indústrias nacionais, como a da Nigéria e a de Gana). Aos poucos, porém, as transformações culturais foram dando vazão à proliferação de uma forte cultura cinematográfica negra em diferentes territórios do planeta, da Jamaica ao Mali, da Martinica ao Brasil, conforme exibiremos na mostra de cinema Back2Black.

Assim, no primeiro dia veremos como a cultura negra tomou de assalto o pop global a partir dos anos 60, com investimentos de Hollywood para que os negros produzissem filmes imersos em sua cultura, a partir de suas próprias experiências. O detetive Shaft, do filme homônimo, tornou-se símbolo de uma autorrepresentação pop, e influenciou largamente o cinema americano posterior, como por exemplo o do nerd branquelo Quentin Tarantino. A cultura jamaicana, também envolvida em um processo de independência e influenciada pela música (R&B) e pelos movimentos raciais norteamericanos, tem em Rockers um filme que a ajudou a se tornar um dos pilares da cultura pop global. Spike Lee, por fim, tornou-se porta-voz, com seu cinema inteligentíssimo, das inconsistências culturais envolvendo o problema racial nos Estados Unidos.

Voltado à alta elaboração do cinema africano francófono, o segundo dia privilegia filmes
consagrados em festivais internacionais, que trazem à tona visões (às vezes polêmicas) desconhecidas, pelos ocidentais, sobre o continente. Finyé, do malinês Cissé, revela o ambíguo poder do questionamento social, enquanto Tilaï, de Quadraogo, aborda um problema cultural inserido em uma cultura tribal, de difícil compreensibilidade para os ocidentais, que comumente enxergam o filme com exotismo. Já o mauritano Sissako se insere melhor no contexto de um cinema mais global, moldando seus filmes com tons de intimismo, poesia e projeções universais.

No último dia veremos filmes que, sob ângulos vastamente diversos, procuraram documentar
a chamada negritude – condição do negro, tão amplamente discutida pelo poeta e pensador martinicano Aimé Césaire, que participa do filme A força de olhar o amanhã. Visões contrastantes, como o retrato, pelo ativista cinematográfico Jéferson D, da favelada Carolina de Jesus, e o olhar ainda distanciado, porém livre, do europeu Jean Rouch em Eu, um negro, buscam abordagens distintas desta condição. A presença importante da língua portuguesa, hoje em dia, no mundo lusófono africano, representado em A liga da língua, também procura examinar essa história. O filme A negação do Brasil, de Joel Zito Araújo, por fim, restabelece esse desencontro do negro com sua representação na cultura de massas que se inicia em Griffith, investigando a desigual trajetória desta representação na telenovela brasileira, mostrando que, mesmo que nos últimos 50 anos a estrada para a igualdade tenha avançado em passos largos, há ainda muito caminho pela frente.

* A imagem que ilustra este texto é do belo documentário Entre Vãos, de Luisa Caetano, 2010.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

[CINECLUBE FAC-UNB] Amanhã, sessões de estreia com filmes inéditos e diretores premiados!

Fazendo parte da semana dos calouros na UnB e também como projeto experimental para a criação do CINECLUBE DA FAC, traremos, dos dias 21 e 22 de outubro de 2010, sessões de filmes de cineastas cuja trajetória inclui a Faculdade de Comunicação da UnB. A sessão de quinta, além de apresentar a proposta do cineclube, que inclui esforço conjunto dos alunos e da Faculdade, será especial pela qualidade e ineditismo dos filmes.

Ratão, de Santiago Dellape, dá sequência à trajetória cult/pop/popular do diretor, que abocanhou o prêmio do público no Festival de Gramado de 2010. Será a primeira exibição deste filme em Brasília.

Thiago Moysés, diretor de caráter experimental e altamente idiossincrático, nos apresentará um preview, espécie de teste de audiência, de seu novo curta de animação, a ficção-científica Prólogo.

Pablo Gonçalo, professor e coordenador do curso de cinema do IESB, nos apresenta seu belo e poético curta Roteiro para minha morte, intimamente ligando questões de vida e morte ao universo digital.

Por fim, o professor da FAC e cineasta Mauro Giuntini marcará presença fazendo uma pequena apresentação de seu primeiro longa-metragem, Simples mortais, através de making of do filme, Fendas de concreto, dirigido por Melinda Bonfim.

Na sessão de sexta, veremos filmes das gerações atuais da FAC.

Programação CINECLUBE FAC na semana dos calouros: Sempre às 13h, no Auditório da FAC. Quinta, 21/10

Roteiro para minha morte, 2009, de Pablo Gonçalo. 14 min.

Nilo Kirilov pede um último encontro aos seus amigos.

Pablo Gonçalo é roteirista, diretor, crítico e professor de cinema. Atualmente coordena o curso de cinema e mídias digitais do IESB.

Ratão (Becoing Mahatma), 2010, de Santiago Dellape. 20 minutos.

Goma é um garoto que ajuda Tio a vender CDs piratas na Feira do Paraguai, em Brasília. Enquanto Tio busca a iluminação espiritual, Goma se envolve com a máfia japonesa que controla a Feira. Melhor Filme do Júri Popular no 38º Festival de Gramado Selecionado para a 34ª Mostra Internacional de Cinema de SP

Santiago Dellape é Graduado em Audiovisual e Jornalismo pela UnB. Dirigiu e escreveu 5 curtas de ficção, premiados em festivais como Gramado, Cine Vídeo, Festival de Brasília, Guarnicê, FAM, Imago (Portugal), entre outros. Filmografia: Nada Consta (2006), A Vingança da Bibliotecária (2005), Bem Vigiado (2007), Nada Consta 2 (2008).

Prólogo (Preview/teste de audiência), 2010, de Thiago Moysés, 16 min.

Em 2020 a força policial nacional foi privatizada e é controlada por uma grande corporação que enfrenta o aumento da criminalidade. É criada então uma divisão especial que investiga e executa sumariamente os criminosos poderosos usando universidade públicas como fachada.
Thiago Moyses é formado em Comunicação-Cinema pela UnB em 2004 dirigiu os curtas "Fobia" (2003) em 16mm, premiado no CineEsquemaNovo de Porto Alegre; "Espiral", que participou da mostra Rainbow GLBT de Juiz de Fora; "Vide O Galeno" (2006), "Centelha" (2009), além do longa "Sindrome de Pinocchio" (2009), que foi um dos dez longas indicados na prévia brasileira para o Oscar 2010.

Fendas no Concreto, making of de Simples Mortais, 2010, de Melina Bonfim e Mauro Giuntini, 20 min.

Enquanto perseguem sonhos que já não fazem mais sentido, Simples mortais negociam seus desejos. Pai e filho tentam compor a trilha sonora de suas vidas. Professor e musa rimam poesia com fantasia. Jornalista e ator são personagens dramáticos de uma peça bufa. Uma crônica do cotidiano bem-humorada onde o afeto é a única saída.

Mauro Giuntini nasceu em Brasília (1965). Mestre em Cinema e Vídeo pela School of The Art Institute of Chicago. Vídeo artista bastante ativo na década de 90 quando realizou repertório experimental e dirigiu comerciais para TV. Diretor dos premiados curtas ficionais O Perfumado (2002) e O Jardineiro do Tempo (2001) e do documentário sobre os sem-terra Por Longos Dias (1998). Professor de audiovisual da Universidade de Brasília. Simples Mortais (2007) é sua estréia em longa-metragem.

Sexta, 22/10:

Programação com filmes realizados pelas gerações atuais da FAC, com direito aos vencedores da mostra universitária FECUCA. Em breve, mais informações.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CINECLUBE: DIA 11/12 CANCELADO

Caros alunos,

Infelizmente teremos de cancelar a sessão do cineclube nesta quinta 12/11. Estamos com um problema logístico e mudaremos de local de realização.

Grato,

Organização.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

CINECLUBE FASE 2!

Todas as quintas, durante o período do curso. 20h.
Cabíria Café (413/14 Norte). Entrada Franca. Seguido de debate com os professores do curso e convidados. Pipoca, gentileza e bom humor = grátis também.


05/11: Pai e filha (Banshun). Japão. 1949. 108 min. Dir.: Yasujiro Ozu – Trabalho divisor de águas do mais importante cineasta clássico japonês, Pai e Filha conta a complexa relação entre uma filha já velha para casar, mas que precisa disso, e um pai que precisa dela para cuidar de si, mas precisa deixar a filha seguir seus passos. Filmes de raríssima delicadeza.



12/11: O Homem Que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valence). EUA. 1962. 119 min. Dir.: John Ford – Clássico crepuscular do faroeste, este filme projeta o gênero para a modernidade, fazendo uma revisão crítica das lendas e do imaginário que circundam o velho oeste. Utilizando dois dos expoentes máximos do gênero, John Wayne e James Stewart, Ford narra a história do senador que, anos após o ocorrido, resolve revelar a verdade sobre a morte do facínora Liberty Valence.




19/11: Jules e Jim (Jules et Jim). França. 1962. 104 min. Dir.: François Truffaut – Encabeçando as novas ondas cinematográficas que varreram o mundo nos anos 60, Truffaut, em seu segundo filme, retrata, com as charmosas particularidades de seu cinema, um curioso triângulo amoroso que se passa à época da primeira guerra mundial. Jules e Jim é considerado um dos maiores filmes de amor já realizados.



26/11: 8 ½. Itália. 1963. 145 min. Dir.: Federico Fellini – Famoso por seu teor autobiográfico, 8 ½ talvez seja a obra mais completa e inspirada de Fellini. Na pele do grande ator Marcello Mastroianni, o cineasta Guido vive uma crise de criatividade e existencial, passando a reexaminar suas vivências e seus conceitos, projetando uma intensa reflexão cinematográfica sobre a vida, a humanidade e as relações sociais.




03/12: Tarnation. EUA. 100 min. Dir.: Jonathan Caouette – Questionando com radicalidade os formatos documental ou ficcional, Tarnation começou a ser produzido quando Caouette tinha apenas 11 anos de idade. O filme, altamente polêmico, conta, através de filmagens caseiras e fotos de família, a complicada vida do próprio diretor, que cresceu sob os auspícios de uma problemática mãe esquizofrênica.



10/12: A Concepção. Brasil. 96 min. Dir.: José Eduardo Belmonte – Segundo filme de Belmonte, o mais consagrado diretor brasiliense da nova geração, A concepção traz, com fortes cargas de ironia e acidez, a história de um grupo de jovens que abdica de suas identidades para viver em prol de uma coletividade hedonista. Beirando o absurdo, Belmonte mostra com propriedade sua visão sobre a juventude brasiliense.






*sinopses críticas por Ciro Inácio Marcondes, professor e produtor do Curso História do Cinema Mundial.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

FASE 2 - INSCRIÇÕES




INSCRIÇÕES ENCERRADAS

Local das aulas:

Museu Nacional da República (Eixo Monumental, próximo à Catedral e à Rodoviária)

Datas e horários: clique aqui

* Siga-nos no







INSCRIÇÕES A PARTIR DE AMANHÃ (22/10)

As incrições para a FASE 2 do 1º CURSO DE HISTÓRIA DO CINEMA MUNDIAL se iniciam AMANHÃ, QUINTA-FEIRA, DIA 22/10.

Você poderá realizá-la das DUAS seguintes formas:

1 - Fazendo o dowloand da ficha, que estará disponível aqui mesmo neste blog a partir de amanhã, e reenviando-a preenchida para cinemamundial@gmail.com

2 - Indo a qualquer uma das Lojas CULT VÍDEO e preenchendo a ficha de papel.

Obs. 1: NÃO estarão sendo realizadas inscrições no Museu Nacional da República.

Obs. 2: Por favor, tenha certeza de que frequentará os cursos antes de se inscrever.

Em ambos os casos, as vagas são limitadas.

No caso da inscrição online, as vagas serão preenchidas por ordem de inscrição, sendo verificado o horário de chegada do e-mail na nossa caixa.

Para quem não conseguir se inscrever a tempo e se interessar em ver o curso como ouvinte, estes serão inscritos como ouvintes.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

HCM: FASE 2!

Em novembro começará a FASE 2 do 1º CURSO DE HISTÓRIA DO CINEMA MUNDIAL no MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA. As inscrições ocorrerão a partir do dia 22 de outubro.

Os quatro novos módulos, com quatro novos professores, serão os seguintes:

Módulo Cinema Clássico: busca entender como se formou a tradição clássica hollywoodiana e de outros países. Que aspectos ideológicos e de linguagem formataram esta tradição? O Cinema clássico ao redor do mundo: Howard Hawks nos EUA, Yasujiro Ozu no Japão, Jean Renoir na França, entre muitos outros. Gêneros clássicos: faroeste, filme noir, melodrama, etc. Seis aulas. Nas quartas-feiras, dias 04, 11, 18 e 25 de novembro; 02 e 09 de dezembro. 08h-12h.

Professor: Ulisses de Freitas é jornalista, especializado em assuntos culturais. Escreveu críticas de cinema para o Correio Braziliense e para o site Candango, onde é editor. Participou da organização, programação e produção de mostras e festivais de cinema.

Módulo Cinema Moderno: a partir do neo-realismo italiano nos anos 40 e 50, o cinema dos anos 60 reinventa as vanguardas e radicaliza padrões estéticos e ideológicos precedentes. As “novas ondas”, chefiadas pelos franceses (Godard, Truffaut, Resnais), percorrem o mundo: Brasil (Glauber Rocha, Sganzerla), Itália (Fellini, Antonioni), Alemanha (Herzog, Wenders), entre outros. Seis aulas. Nas quintas-feiras, dias 05, 12, 19 e 26 de novembro; 03 e 10 de dezembro. 08h-12h.

Professor: Anderson Melo é professor das áreas de cinema, literatura e
multimeios, atualmente desenvolve pesquisa de mestrado sobre a poética
cinematográfica de Federico Fellini.

Módulo Documentário Contemporâneo: as radicais transformações que o formato documental passou através dos anos e sua atual tendência a questionar o formato “clássico” e descobrir formas inusitadas de reavaliar o conceito de “documentar”. Quatro aulas. Dias 05, 12, 19 e 26 de novembro. 14h-18h.

Professor: Getsemane Silva é diretor, produtor e pesquisador de cinema. Realizou 8 documentários média-metragem nos modos observacionais e expositivos. É especialista em Documentário pela Universitat Autónoma de Barcelona. Foi produtor executivo de mais de 20 documentários para a TV Câmara, e é gerente de conteúdo e programação da mesma.

Módulo Cinema de Brasília: o percurso da linguagem cinematográfica na cidade, desde os primórdios até a bem-sucedida configuração como “pólo de cinema” e a criativa produção atual. Quatro aulas. Nas quartas-feiras, dias 04, 11, 18 e 25 de novembro. 14h-18h.

Professor: Fábio Crispim é mestre em Teoria Literária pela UnB, professor da UEG (Universidade Estadual de Goiás) e do IESB. Tradutor de filmes, vem trabalhando, desde 2002, na área de traduções e legendagem eletrônica em diversos eventos como a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o Festival Internacional do Rio, o Festival Internacional de Brasília, entre outros.

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Em breve, mais informações sobre as inscrições.

Para os que concluíram os cursos da FASE 1, a produção do evento avisa que os CERTIFICADOS serão emitidos no final do ano, junto com os CERTIFICADOS DA FASE 2.


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

IMPORTANTE - AULA 6 DE CINEMA CONTEMPORÂNEO

Caros alunos,

Informamos que a última aula do curso de CINEMA CONTEMPORÂNEO, com o professor Pablo Gonçalo, foi adiada para a próxima QUINTA-FEIRA, dia 06/08, às 14h. Ou seja, mesmo dia e horário da aula regular. Contamos com a presença de todos para finalizar a primeira fase do curso.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

CINECLUBE # 6: THE PASSING + FESTA!


Convidamos a todos que compareçam ao Cabíria (413 N), às 20h desta quarta (28/07), para assistir a "The Passing" (1991), de Bill Viola:

Considerado o mais importante filme experimental das últimas décadas, The passing realiza uma imersão espiritual nos temas do nascimento, da vida e da morte. Fugindo da narrativa e penetrando no universo da sensação e do simbólico, Bill Viola criou uma experiência inquietante para o espectador comum de cinema.

Além da professora-residente do nosso cineclube, a artista plástica e professora Polyanna Morgana, contaremos, no debate, com a presença da também artista plástica e professora da UnB Nivalda Assunção.

O clima na pequena sala do Cabíria (20 lugares), além de charmoso, é formatado como sessões à moda antiga: comemos, bebemos e batemos papo durante a projeção. Ah, e a pipoca é de graça! Logo após o cineclube, festa de encerramento da primeira fase do HCM!

ENTRADA FRANCA

quarta-feira, 22 de julho de 2009

CINECLUBE # 5: EU, UM NEGRO


Convidamos a todos que compareçam ao Cabíria (413 N), às 20h desta quarta (22/07), para assistir a "Eu, um negro" (1958), de Jean Rouch, um dos documentários mais importantes da história, que dá voz a dois nigerianos que buscam a vida numa África de recém-implementada modernização.

Além do professor-residente do nosso cineclube, o documentarista José Geraldo, contaremos, no debate, com a presença do também documentarista Adirley Queirós, premiado no Festival de Brasília e realizador do filme "Nós Vivendo", aguardado curta de 2009 que adapta Camus para um contexto da Ceilândia.

O clima na pequena sala do Cabíria (20 lugares), além de charmoso, é formatado como sessões à moda antiga: comemos, bebemos e batemos papo durante a projeção. Ah, e a pipoca é de graça! Se houver demanda, faremos outra sessão às 23h. Compareçam e divulguem!

ENTRADA FRANCA