quinta-feira, 28 de maio de 2009

INSCRIÇÃO



DADOS ATUALIZADOS SOBRE O CURSO!

  • O período de inscrições para a Fase 1 estava previsto até o dia 20 de junho de 2009. No entanto, a procura foi intensa e já se esgotaram as vagas ( 09/06/09).
  • Cada módulo comportará 50 alunos inscritos (devido à imensa demanda, aumentamos de 30 para 50 vagas por módulo) que ganharão um certificado por módulo completado.
  • Para ganhar o certificado, o aluno precisará de 75% de presença nas aulas.
  • Alunos ouvintes (que participarão do curso, mas não estarão inscritos) são bem-vindos! Vocês receberão email de confirmação também.
  • As inscrições pela internet foram feitas a partir da FICHA DE INSCRIÇÃO online (disponível até o limite de vagas - período já encerrado), sendo preenchidas e reenviadas para cinemamundial@gmail.com
  • As inscrições impressas foram feitas na Rede de lojas da Cult Vídeo (107 Norte, 204 Sul, 210 Sul ou 215 Sul).
  • Promoção: quem levar nosso flyer impresso (distribuído em pontos da cidade) até a Cult Vídeo ganhará 25% de desconto na locação de dois ou mais filmes!

ATENÇÃO:

As inscrições para a Fase 2 se iniciam em setembro.

  • Este projeto faz parte do Programa Cinema no Museu.
  • Entre em contato pelo cinemamundial@gmail.com ou siga-nos no

Patrocínio:






Apoio:







quarta-feira, 27 de maio de 2009

1º CURSO HISTÓRIA DO CINEMA MUNDIAL

A crescente cultura cinematográfica de Brasília ganha um evento muito importante para a sua consolidação. O curso História do Cinema Mundial fará uma imersão, durante quatro meses, nos diversos movimentos e tendências que transformaram a sétima arte desde seu período silencioso até as radicais experimentações contemporâneas. O Museu Nacional da República, local ideal para as aulas (porque acessível e central à população) sediará o projeto.

Dividido em oito módulos ministrados por pesquisadores, professores, cineastas e cinéfilos da cidade, a maioria de uma jovem e promissora geração, o curso tem como proposta recapitular aspectos importantes da história do cinema para formar e estabelecer bases para uma cultura cinematográfica sólida, que tem consciência das inúmeras variações do fenômeno audiovisual e de suas expressivas possibilidades comunicativas. O curso terá duas fases, que compreenderão os meses de junho/julho e novembro/dezembro de 2009.

É significativa a influência e a força da linguagem audiovisual no imaginário do século XX, e ainda mais neste incipiente século XXI. A conscientização a respeito do que significa e como se processa este fenômeno, assim como o reconhecimento de suas transformações ao longo do tempo, são fundamentais para que o cinema seja entendido como ferramenta de reflexão estética, política ou existencial. Saber “ler” o cinema desenvolve substancialmente a capacidade de “ler” o mundo contemporâneo.

Além das aulas, o Curso ainda contará com Cineclube gratuito e simultâneo ao período das aulas, com títulos relacionados ao conteúdo dos períodos do cinema abordados, sendo complementar aos alunos e uma oportunidade de diálogo com o público da cidade.

O curso será inteiramente gratuito e concederá certificados àqueles que completarem cada módulo, sendo que cada módulo funcionará como um curso autônomo, o que não impede os estudantes de se inscreverem em mais de um deles. As aulas terão quatro horas de duração e o número de aulas varia de acordo com o módulo.

Baixe a FICHA DE INSCRIÇÃO para a Fase 2 a partir do segundo semestre (inscrições encerradas para FASE 1) aqui no blog a partir de setembro e reenvie-a preenchida para cinemamundial@gmail.com

FASES, MÓDULOS E PROFESSORES

Fase 1 – junho/julho

Módulo 1 – Cinema Silencioso: investigará desde o chamado “cinema das origens”, no séc. XIX, até as grandes transformações operadas por cineastas revolucionários como Griffith, Eisenstein e Murnau, procurando entender a natureza própria da tela silenciosa.

Datas: 24/06, 01/07, 08/07, 15/07, 22/07, 29/07.
Período: 14-18h. Quarta à tarde, durante 6 semanas.

Professor: Ciro I. Marcondes é crítico e professor de Cinema pelo Unicesp (DF), e mestre em Literatura pela UnB. Traduziu a “A Narrativa Cinematográfica”, de Jost e Gaudreault. Publicou em sites como Cinequanon, Candango e SenhorF, e nas revistas Jungle Drums e Cerrados.

Módulo 2 – Cinema Contemporâneo: como o cinema de hoje procura alternativas para decodificar as complexas realidades nas quais estamos inseridos. Desde os filmes de super-heróis em Hollywood até os radicalismos estéticos do novo cinema oriental.

Datas: 25/06, 02/07, 09/07, 16/07, 23/07, 30/07.
Período: 14-18h. Quinta à tarde, durante 6 semanas.

Professor: Pablo Gonçalo é mestre em Comunicação pela UnB e professor de Cinema do IESB. Crítico de cinema, publicou no Correio Braziliense, Contracampo, Menemocine e Candango. É também diretor de cinema e foi curador da mostra Memórias do Subdesenvolvimento.

Módulo 3 – Documentário Clássico: a linguagem documental desde seus primórdios até a consolidação do padrão clássico, ordinal e referencial.

Datas: 01/07, 08/07, 15/07, 22/07.
Período: 8-12h. Quarta pela manhã, durante 4 semanas.

Professor: José Geraldo é formado em Cinema e mestrando em Comunicação, na linha de pesquisa Imagem e Som. Produziu vários curtas-metragens e outros produtos audiovisuais e escreveu, dirigiu e montou seu primeiro documentário – “Oiticica” - em 2005.

Módulo 4 – Poéticas Contemporâneas: como a videoarte e o cinema experimental contribuem para renovar a linguagem cinematográfica e propor desafios à consciência e ao imaginário audiovisual.

Datas: 02/07, 09/07, 16/07, 23/07.
Período: 08-12h. Quinta pela manhã, durante 4 semanas.

Professor: Polyanna Morgana é artista plástica e professora universitária. Atua nas áreas de performance, videoarte, instalação, intervenção urbana e desenho. É mestre em Artes pela Universidade de Brasília, onde também lecionou entre os anos de 2006-2008.

Fase 2 – novembro/dezembro

Módulo 5 – Cinema Clássico: busca entender como se formou a tradição clássica hollywoodiana e de outros países. Que aspectos ideológicos e de linguagem formataram esta tradição? O Cinema clássico ao redor do mundo: Howard Hawks nos EUA, Yasujiro Ozu no Japão, Jean Renoir na França, entre muitos outros. Gêneros clássicos: faroeste, filme noir, melodrama.

Seis aulas. Um mês e meio de duração.

Módulo 6 – Cinema Moderno: a partir do neo-realismo italiano nos anos 40 e 50, o cinema dos anos 60 reinventa as vanguardas e radicaliza padrões estéticos e ideológicos precedentes. As “novas ondas”, chefiadas pelos franceses (Godard, Truffaut, Resnais), percorrem o mundo: Brasil (Glauber Rocha, Sganzerla), Itália (Fellini, Antonioni), Alemanha (Herzog, Wenders), entre outros.

Seis aulas. Um mês e meio de duração.

Módulo 7 – Documentário Contemporâneo: as radicais transformações que o formato documental passou através dos anos e sua atual tendência a questionar o formato “clássico” e descobrir formas inusitadas de reavaliar o conceito de “documentar”.

Quatro aulas. Um mês de duração.

Módulo 8 – Cinema de Brasília: o percurso da linguagem cinematográfica na cidade, desde os primórdios até a bem-sucedida configuração como “pólo de cinema” e a criativa produção atual.

Quatro aulas. Um mês de duração.

CINECLUBE HCM

Todas as quartas, durante o período do curso. 20h.
Cabíria Café (413/14 Norte). Entrada Franca.
Seguido de debate com os professores do curso e convidados.

Programação*:

26/06: Aurora (Sunrise). EUA, 1927. 90 min. Dir.: F.W. Murnau – O famoso “filme americano” realizado pelo grande Murnau (Nosferatu) conta a história de um fazendeiro que, seduzido por uma moça da cidade, tenta assassinar sua esposa, mas o arrependimento o leva a tentar provar seu amor. Fortemente influenciado pela estética expressionista, trata-se de um dos filmes mais belos e poéticos da era muda.



01/07: Lírio Partido (Broken Blossons). EUA, 1919. 102 min. Dir.: D.W. Griffith – Considerado o filme mais intimista e despretensioso de D.W. Griffith (o homem que formatou a narrativa clássica do cinema) – e por muitos o seu melhor – , Lírio Partido conta a história de uma jovem pobre de Londres (Lillian Gish, em seu papel mais famoso) que se apaixona por um imigrante chinês.



08/07: O Livro de Cabeceira (The Pillow Book). Inglaterra, 1996. 123 min. Dir.: Peter Greenaway – Procurando fazer uma aproximação obsessiva entre o texto literário, o corpo e o próprio cinema, o filme conta a história de uma jovem japonesa que busca realização intelectual e erótica procurando homens que pintem poemas em seu próprio corpo. Explorando exaustivamente a metalinguagem, O livro de cabeceira é ao mesmo tempo encantador e perturbador.



15/07: O Pântano (La Ciénaga). Argentina. 2001. 100 min. Dir.: Lucrecia Martel – Este filme abre a década de 00 para toda uma sequência de filmes latino-americanos que abordam a classe média e a intimidade familiar. Realizado sob uma estética crua e hostil, conta a história dos complicados conflitos de duas famílias argentinas que passam uma temporada juntas.



22/07: Eu, Um Negro (Moi Un Noir). França, 1958. 73 min. Dir.: Jean Rouch – Um dos mais importantes trabalhos do documentarista Jean Rouch, que solidificou os modelos de cinema-verdade e cinema etnográfico, este filme retrata a vida de dois imigrantes nigerianos que procuram algum futuro na cidade de Treichville, na Costa do Marfim, revelando as disparidades da modernização na África, já nos anos 50.



29/07: The Passing. EUA, 1991. 54 min. Dir.: Bill Viola – Considerado o mais importante filme experimental das últimas décadas, The passing realiza uma imersão espiritual nos temas do nascimento, da vida e da morte. Fugindo da narrativa e penetrando no universo da sensação e do simbólico, Bill Viola criou uma experiência inquietante para o espectador comum de cinema.




04/11: Era Uma Vez Em Tóquio (Tokyo Monogatari). Japão. 1953. 134 min. Dir.: Yasujiro Ozu – Trabalho monumental do mais importante cineasta clássico japonês, Era uma vez em Tóquio conta, com a economia habitual na montagem e no simbolismo, as relações entre um casal de idosos que viaja a Tóquio para visitar seus filhos, revelando um choque de culturas que emerge com o Japão modernizado.



11/11: O Homem Que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valence). EUA. 1962. 119 min. Dir.: John Ford – Clássico crepuscular do faroeste, este filme projeta o gênero para a modernidade, fazendo uma revisão crítica das lendas e do imaginário que circundam o velho oeste. Utilizando dois dos expoentes máximos do gênero, John Wayne e James Stewart, Ford narra a história do senador que, anos após o ocorrido, resolve revelar a verdade sobre a morte do facínora Liberty Valence.



18/11: Jules e Jim (Jules et Jim). França. 1962. 104 min. Dir.: François Truffaut – Encabeçando as novas ondas cinematográficas que varreram o mundo nos anos 60, Truffaut, em seu segundo filme, retrata, com as charmosas particularidades de seu cinema, um curioso triângulo amoroso que se passa à época da primeira guerra mundial. Jules e Jim é considerado um dos maiores filmes de amor já realizados.



25/11: 8 ½. Itália. 1963. 145 min. Dir.: Federico Fellini – Famoso por seu teor autobiográfico, 8 ½ talvez seja a obra mais completa e inspirada de Fellini. Na pele do grande ator Marcello Mastroianni, o cineasta Guido vive uma crise de criatividade e existencial, passando a reexaminar suas vivências e seus conceitos, projetando uma intensa reflexão cinematográfica sobre a vida, a humanidade e as relações sociais.




02/12: Tarnation. EUA. 100 min. Dir.: Jonathan Caouette – Questionando com radicalidade os formatos documental ou ficcional, Tarnation começou a ser produzido quando Caouette tinha apenas 11 anos de idade. O filme, altamente polêmico, conta, através de filmagens caseiras e fotos de família, a complicada vida do próprio diretor, que cresceu sob os auspícios de uma problemática mãe esquizofrênica.



09/12: A Concepção. Brasil. 96 min. Dir.: José Eduardo Belmonte – Segundo filme de Belmonte, o mais consagrado diretor brasiliense da nova geração, A concepção traz, com fortes cargas de ironia e acidez, a história de um grupo de jovens que abdica de suas identidades para viver em prol de uma coletividade hedonista. Beirando o absurdo, Belmonte mostra com propriedade sua visão sobre a juventude brasiliense.






*sinopses críticas por Ciro Inácio Marcondes, professor e produtor do Curso História do Cinema Mundial.